“A maior vantagem do protesto é recuperar o crédito rapidamente”
Ricardo Góes, tabelião do 2º Tabelionato de Protesto de Campo Grande, destaca a efetividade do serviço que recuperou 44% dos títulos bancários em 2023
Ricardo Góes é tabelião do 2º Cartório de Protesto de Títulos de Campo Grande. Natural de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, passou a residir na Capital de Mato Grosso do Sul quando foi aprovado em concurso público para assumir a delegação. Instalado em julho de 2006, o cartório está localizado no centro de Campo Grande, na rua Pedro Celestino, quase esquina com a rua Sete de Setembro.
“O serviço de protesto tem vantagens que não podem ser ignoradas por qualquer pessoa que tenha um título de crédito ou um documento de dívida e quer receber esse dinheiro”, destaca. “Ele consegue resolver num prazo muito rápido, de 10 a 15 dias, por um valor muito mais baixo se comparado a honorários advocatícios e consegue resolver o problema”, completa. “Além disso, não há a necessidade de ingressar com ação e também oferece muito mais segurança jurídica, uma vez que nossos procedimentos estão totalmente amparados pela lei e regulamentados pela Corregedoria”, salienta Góes.
Um dos destaques apontados pelo tabelião é o retorno positivo nas ocorrências de títulos bancários, por exemplo. Segundo levantamento realizado pelo próprio Tabelionato, no ano de 2023, esse tipo de ocorrência teve um retorno de 44% dos títulos pagos. “Isso mostra a efetividade, a maior vantagem e a melhor característica do protesto, que é recuperar o crédito rapidamente”.
Para Góes, “o protesto é um serviço muito rápido, acessível e bastante seguro”. “Todo mundo, seja quem tem um cheque, nota promissória, uma duplicata ou mesmo os mais diversos tipos de contrato, inclusive o de locação, pode e deve fazer o protesto”, enfatiza.
Tabelionato de Protesto – Atualmente o Tabelionato opera com 12 a 15 funcionários, a depender do volume de demandas, conforme esclarece o tabelião. Também conta com uma equipe de prestadores de serviços que, geralmente, fica responsável pelas entregas de intimações. Com relação a esta última, o Góes ressalta a necessidade de preparo para realizar a atividade, já que a entrega de intimação pode ser desafiadora.
“Ao fazer a entrega, é necessário que se assine o recibo da intimação, então a pessoa intimada vê que é um documento do Cartório de Protesto e fica alterada”, conta. “Mas a orientação que passo é de simplesmente não rebater. Caso a pessoa solicite mais informações, indicar o atendimento do Cartório, como que ela pode proceder, apontar na intimação as orientações de pagamento e quem está solicitando o protesto”, diz.
Segundo o tabelião, o maior desafio na gestão do cartório é conseguir manter a qualidade do serviço independentemente da quantidade de títulos que chegam ao Cartório, já que há credores que não mantêm uma constância de envio, ou seja, há determinados meses em que ocorre a remessa de grande volume, o que exige maior força de trabalho para atender a demanda.
Outro desafio apontado pelo tabelião é a manutenção do quadro de funcionários. “A atividade de Cartório é cheia de procedimentos, que exigem uma disciplina tanto de horário, como de rotina. E hoje lidamos com uma geração que tem preferências como a flexibilidade de horários”, explica. “Conseguir formar uma equipe de colaboradores que atendam a essas necessidades é também muito difícil”, complementa. Atualmente, o Cartório tem o funcionário mais antigo em exercício há 12 anos. Os demais, em média, estão há dois anos atuando.
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